terça-feira, 30 de março de 2010

Imagem é tudo? Na política parece que sim.

Imagem é tudo?


É hoje o grande dia! O dia que os pré-candidatos-canditados saem de seus cargos públicos e se embrenham na campanha politica aberta. Assim, não que eles já não estejam em campanha, porque temos candidatos em campanha há pelo menos dois anos. Lei eleitoral para coibir existe para ser contornada, mas como este blog é para falar sobre marketing e não sobre as nuances da lei eleitoral brasileira vamos ao marketing.

Agora começa o embate de imagens. De um lado temos candidatos sem cargo público a algum tempo e que por isto se apoiam na imagem de: “Olha, sou o candidato tal e sou legal. As coisas precisam mudar e só eu posso mudar tudo o que precisa ser mudado.”

Do outro lado temos os candidatos que estão saindo agora de seus cargos e dizem: “Vocês sabe que eu sou legal. Tenho feito muitas coisas legais para vocês. Continuem comigo. Votem em mim”. O mais interessante da historia é que as propostas sempre ficam em segundo plano, nunca são debatidas. São até utilizadas, sempre coladas na imagem do candidato, como fossem parte integrante do carater e das qualidades daquele politico. Um vai ajudar os pobres porque ele mesmo vem da pobreza e sabe o que é ficar sem comer. O outro vai se concentrar em fazer o país crescer porque ele dirigiu grandes empresas e é um grande administrador.

Qual a mensagem tem mais chance de ser comprada pelos eleitores? A mensagem da mudança, a de olha tudo o que eu já fiz, ou quem sabe a de sou igual a vocês, ou talvez a de eu sei como fazer?

Todas elas tem chances no pleito. O que define no final não é a qualidade deste ou daquele, e sim as estrategias de imagem utilizadas na campanha. O que ganha eleição hoje no Brasil é como a imagem e trabalhada. Todos sempre são boas pessoas, humildes, preocupadas com o povo, mas sem deixar de lado a crescimento economico e a classe média e alta. Incongruente? Nem tanto. Nosso atual presidente só ganhou a primeira eleição quando deixou de lado os ataques aos bancos, a economia e aos adversários. Ao incorporar o “Lulinha paz e amor” ele deixou de atacar os adversário, continuou a falar para o povo, na linguagem do povo, mas ao mesmo tempo sofreu uma repaginada. Ganhou terno e gravata, novo corte de cabelo e de barba, e até mesmo, algumas intervenções plásticas. Se apoiou na imagem de homem do povo que sempre teve, porém se refinou um pouco. Começou a se dirigir à classe média e alta dando garantias de que nenhum absurdo seria feito para tirar o país da rota de crescimento. Venceu a eleição em cima de um candidato que tinha a imagem forte, mas que apostou errado suas fichas de campanha. Apostou no confronto, no desmerecimento do adversário em favor de suas idéias. Foi a vitoria de um candidato “sem cargo” em cima do candidato “com cargo”. Venceu a melhor estratégia mercadológica.

Este ano teremos uma situação impar. Dois dos mais fortes candidatos são “com cargo”. Historias diferentes, mas com pontos em comum.

As estrategias já estão traçadas e em pleno vapor. Qual delas prevalecerá este ano?

Façam suas apostas!

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Marcus Nunes