sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sacola reciclada patrão?


Hoje fui cedo até uma loja de reparo de peças plásticas para carro consertar o porta luvas de meu carro. Enquanto esperava pelo conserto me deparei com uma cena inusitada. Entrou na loja, um vendedor de sacolas recicladas. Algumas sacolas penduradas no braço, caneta já em mãos, entrou e saiu da loja muito rápido. Literalmente. O papo com o dono da loja foi o seguinte:

- Sacola reciclada patrão? Vários tamanhos.

- Não obrigado.

- Ok, obrigado.

Bem, possivelmente, a loja, por vender peças automotivas precisa de sacolas para embalar os produtos que seus clientes compram. Ok, eles podem ter muitas sacolas em estoque, ou coisa que o valha. Porém o nosso amigo vendedor, ou tirador de pedidos nunca ficará sabendo disto, porque passou a largo de uma venda.

Acredito que o contato poderia ter sido mais proveitoso se fosse feito desta maneira:

- Bom dia senhor! Meu nome é João, qual o do senhor?

- Carlos.

- Pois bem senhor Carlos, o senhor utiliza sacolas plásticas para embalar suas peças vendidas?

- Utilizo sim. Comprei uma grande quantidade recentemente.

- Entendo. Quando será a próxima compra de sacolas?

- Compro sempre a cada dois meses.

- E qual o tipo de sacolas que o senhor utiliza?

- Utilizo sacolas brancas normais.

- Vou apresentar-lhe brevemente minhas sacolas. São feitas de plástico reciclável e são bem resistentes. O seu custo é bem parecido com o das sacolas de plástico branco, mas o senhor leva vantagem em adquiri-las pois são mais resistentes e ajudam o meio ambiente. O senhor sabia que uma sacola de plásticos jogada no lixo demora até 400 anos para se decompor?

- Bem, como lhe disse, comprei sacolas a pouco tempo.

- Tudo bem. Vou agendar para lhe visitar dentro de 40 dias, para que possamos encomendar suas sacolas e recebe-las a tempo antes que suas sacolas atuais acabem. Também deixarei meu cartão de visitas para o caso do senhor precisar destas sacolas antes deste prazo.

Este processo não é garantia de vendas, porém nosso amigo vendedor de sacolas teria mais chances de vende-las se fizesse algo parecido e no prazo combinado entrasse em contato novamente com o cliente. Imaginei o papo, sem conhecer das necessidades de um setor (peças automotivas) e os benefícios do outro (sacolas), porém o levantar as necessidades do cliente e apresentar-lhe uma solução deveria ser parte de todo processo de vendas. Se não temos que contar com a sorte do nosso cliente estar precisando daquele produto naquele momento. Como não podemos depender só da sorte...

sábado, 4 de julho de 2009

Elma Chips lança Ruffles Do Seu Jeito para agradar meninos e meninas




Criar produtos específicos para públicos específicos.

Apostando no marketing segmentado, a Rufles lança duas novas batatas, uma de barbecue e costelinha, voltada para os meninos e de cream cheese voltada para as meninas.

É isto, quem quiser aumentar seu faturamento em um mercado cada vez mais saturado e confuso terá que segmentar sempre. Descobrir públicos específicos e criar produtos para os mesmos.

Para divulgar os novos sabores, foram criadas ações de promoção através de seu site e dois vídeos para a TV produzidos pela AlmapBBDO.

A Elma Chips deu a receita.
E você? Qual é o seu sabor?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um olhar sobre o passado das grande mídias e o futuro

São Paulo mudou. Quem conheceu a Paulicéia Desvairada há alguns anos sabe que em termos de mídia exterior nenhuma cidade no Brasil chegava perto de São Paulo. Letreiros gigantes, outdoors por todos os lados, busmídia, taxímidia, etc., etc. e etc.. Com o projeto cidade limpa, do prefeito Gilberto Kassab, toda mídia exterior foi proibida, e os letreiros nas fachadas dos prédios e empresas agora tem um tamanho padrão, bem reduzido. Confesso que é um pouco estranho andar por São Paulo. Parece um casamento entre passado, aquela cidade do começo do século passado, sem grandes anúncios gritando a todo o momento por atenção, com o futuro, de uma grande cidade cosmopolita com seus arranha céus, modernos ônibus e transito confuso. Agora o que está a prova é a competência principal que todo marketeiro/publicitário que se preze te quem ter, a criatividade. Portanto, um salva para esta brava gente que agora quebra a cabeça para criar mais do que anúncios ou novas campanhas. A briga agora é para criar novas mídias, ou quem sabe utilizar de outra forma, adaptando ou até revendo mídias pouco usadas.
Um exemplo de mudança acontece dentro dos metrôs e de suas estações. Se há algum tempo atrás apenas algumas empresas, no geral pequenas empresas, anunciavam para este público, a soma de falta de espaços para anunciar produtos com um grande aumento do transito e uma pitada de crise econômica, que tem feito muitos engravatados da Avenida Paulista irem para casa de metrô, meio mais econômico e rápido de se deslocar. Dentro das estações e dos trens novos displays foram colocados, além de TVs de plasma/LCD que transmitem notícias, informações úteis, e claro, alguns anúncios, com alguns “estreantes” nesta nova mídia: as grandes empresas. Vemos aqui uma “transferência” de mídias.
O ponto principal passa ao largo desta transferência de mídia. O que estamos assistindo não é exclusividade nem exceção, é tendência. Estamos assistindo agora uma revolução silenciosa, onde de um lado estão os anunciantes e a mídia e do outro está a população, que no geral aprovou esta “limpeza visual” feita na cidade de São Paulo. O caminho então é transferir mídia para outros lugares? Lugares fechados onde o poder publico não tem poder? Até acredito que algumas mídias como as TVs dentro de metrôs e elevadores vieram para ficar. Minha duvida é pela vida dos cartazetes em displays, tais como os das estações e trens do metrô.
Se alguma bolsa estivesse aberta a apostas, minha aposta seria na transferência de esforços das mídias tradicionais para as mídias que interagem com os consumidores, tais como celulares, street marketing e tantos outros que fogem do tradicional.
A explicação é simples, estas mídias nasceram com o propósito de fugirem do lugar comum das mídias tradicionais, nasceram com o propósito da interação, de serem diferentes, de conquistarem a confiança do consumidor por falarem com cada um de maneira exclusiva. Bem vindos ao futuro da comunicação.