terça-feira, 28 de setembro de 2010

Estratégia, sua empresa já tem uma?

Começamos hoje uma nova serie. A serie teorias estratégicas.


Estratégia de Posicionamento de Kotler, As 5 Forças de Porter, Estratégia do Mar Azul, a Estratégia de A Arte da Guerra, particularmente a minha preferida. São tantas as teorias de estratégias debatidas e inventadas atualmente que um pequeno empresário com escassos recursos, insuficientes para uma consultoria, deve se perguntar por onde começar, qual teoria seguir, qual o passo a passo, ou melhor, qual a receita do bolo para alavancar sua empresa, conquistar seus objetivos e destacar-se no mercado.

Em linhas gerais, se você tivesse como meta conquistar o Pico do Himalaia as estratégias seriam como os diversos caminhos e técnicas de escalada possíveis para atingir seu cume.

Ok, antes de mais nada, vamos com calma. Nenhuma empresa é igual a outra, e portanto, seguir receita de bolo é arriscar a vida da sua empresa.

O mais importante aqui é conscientizar de que sua empresa precisa de objetivos bem claros e definidos, que serão atingidos através de uma estratégia também clara e bem definida. A estratégia é a estrada que sua empresa irá seguir, com o devido mapeamento das curvas, radares, buracos e pedágios.

Qual é a ideal para a sua empresa? Depende. Qualquer uma delas pode ser aplicada, ou até uma fusão entre duas ou mais. Adote a que se apresentar, em sua visão, mais apropriada para sua empresa. Iremos comentar aqui neste espaço diversos modelos de estratégia, exemplificaremos a sua aplicação no dia a dia e vamos seguir juntos o passo a passo necessário.

Antes de mais nada, é importante conhecer as variáveis de seu negocio, em seus ambientes internos e externos. É importante saber de onde estamos saindo.

Para nos auxiliar neste etapa eu sugiro começar fazendo uma analise Swot de sua empresa, analisando os pontos Fortes, Fracos as Oportunidades e as Ameaças.

Há uma cena no filme Alice no País das Maravilhas, onde o Coelho em um encontro com a Alice lhe diz que quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. Agora, na próxima etapa, traçamos nossos objetivos e metas.

Desenhe seus objetivos, suas metas. Este será o nosso objetivo.

Ok, agora sabemos de onde viemos e para onde vamos. Falta nos debruçar sobre os mapas para achar o melhor caminho. A partir desta semana vamos começar a comentar sobre algumas teorias estratégicas. Vamos analisar sua base, sua aplicação e mostraremos exemplos de empresas que utilizam cada uma destas teorias. A partir daí você pode identificar qual é a melhor estratégia para a sua empresa.

Minha dica desde já: pesquise, leia, debata, reflita, escreva, reescreva, analise, implante, acompanhe, corrija, pesquise de novo, leia de novo... O ciclo de planejamento estratégico de uma empresa nunca termina, afinal de contas, o cenário econômico muda, novos entrantes aparecem no mercado, novos produtos são lançados, etc. O importante é sempre ter em mente que uma empresa é um organismo vivo, e como tal está sempre em evolução.

Continuaremos a serie com a teoria de estratégia por posicionamento de Kotler.

Até lá!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Caesar se redime

Postei aqui em abril falando sobre uma campanha que a rede de hotéis Caesar tinha lançado, inclusive na TV, dizendo que estava economizando fazendo suas próprias campanhas para repassar os valores referentes a criação em forma de desconto para seus hospedes. Link para o post aqui.
Pois é, abri agora a tarde o Pan Rotas, portal de notícias do turismo e me deparei com a nova campanha da rede, chamada Mais Fim de Semana. Acessem os dois links e vejam o quanto é notável a diferença.
Agora sim Caesar. Bola dentro.

Como gerar compra por impulso na internet?

No mundo real, temos o Merchandising, ciência quase exata que estuda como a localização de um produto, ou de um material promocional, ou ainda uma promoção, ou uma ação de degustação, ou mais um monte de coisas influem em uma maior ou menor venda de um determinado item. Hoje o merchandising está muito evoluído, tendo ao seu lado diversas ferramentas, sensoriais inclusive.

Mas e no mundo virtual? Como promover um produto de forma incisiva, uma forma que leva o consumidor a adquirir aquele produto ou serviço naquele instante? Não falo aqui do SEO ou do SEM, que levam direcionam o internauta a um determinado site. Falo da conversão de venda.

Exemplificando. Se você vende canecas personalizadas em seu site. Como fazer para “fisgar” um internauta que passou por ali por acaso, sem intenção de comprar uma caneca. Como fazer este cara comprar uma caneca? Como fazê-lo comprar sua caneca por impulso?

Para quem pouco entende de merchandising, vamos colocá-lo no seu dia-a-dia. Não, merchandising não é o que é feito na TV durante a novela. Aquilo é uma simples propaganda. O merchandising está no PDV (Ponto de Venda). Está nos chicletes posicionados tão ao alcance das mãos nos caixas. Está no enfeite da gôndola que tanto chama atenção. Está na promotora que lhe oferece uma degustação de um refresco tão bom que te dá vontade de levar um para casa. Este é o merchandising que falamos. E agora de posse desta definição, vamos levá-la de volta ao mundo virtual:

O internauta, depois de um bom trabalho de SEO ou SEM chegou até o seu site de vendas de canecas personalizadas. Ele estava procurando por Lembrança música de Milionário e José Rico e chegou até o seu site, afinal de contas uma caneca personalizada é uma boa lembrança para se dar a um amigo. Como fazer para este internauta converter esta entrada em seu site em compra de caneca? Como promover esta compra por impulso?

Porque chamo atenção para este assunto? Simples. Vejo hoje pela internet várias empresas comercializando Marketing Digital, Marketing de Busca, SEO, SEM e outras expressões. Em sua maioria são jovens adeptos da informática desde crianças e que viram neste nicho algo prazeroso e rentável ao mesmo tempo. Mas falta algo por trás disto tudo. Falta a visão estratégica, falta a aplicação dos 4P’s, falta um objetivo. Afinal de contas, não basta ser encontrado. Tem que aumentar o volume de vendas.

Ok, alguns podem argumentar que um aumento de vendas naturalmente virá com o aumento da visitação ao site. Ok, em partes isto realmente é verdade. Mas também estaremos atraindo ao site internautas que, como na minha situação fantasiada acima, não estão procurando pelo meu produto.

Por isto insisto que falta a estratégia, a definição dos objetivos, o retorno financeiro do trabalho. Acredito que uma consultoria de marketing digital deveria ser algo amplo no sentido de analisar a estrutura do site, promover estratégias que capturem o internauta que chegar até o sitio e transformá-lo em cliente. Como fazer isto? Esta é a discussão que quero promover, e que sei por experiência própria, que não existe resposta pronta. Cada empresa é única, cada produto é único, cada consumidor, etc, etc e etc. Não existe certo ou errado aqui. Existe tentativa e erro, e acima de tudo, deve existir este pensamento de que o objetivo principal de um consultor de marketing digital é vender mais para o cliente. Aumentar o tráfego deve ser objetivo especifico.

Pensem nisto e boas vendas!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Posicionamento Mais pelo mesmo em agências de viagem

O que diferencia hoje uma agência de viagens de outra no mercado de turismo de lazer brasileiro? Basicamente uma agência intermédia a compra de pacotes de uma operadora de turismo para seus clientes. O mercado das operadoras tem diversos players, todos mais ou menos com os mesmos valores de pacotes, utilizando as mesmas cias aéreas e os mesmos hotéis.


Como então uma agência pode se diferenciar neste mercado onde os produtos são todos muito semelhantes em oferta e em valores?

Segundo os modelos de posicionamento de Kotler, um modelo interessante para se utilizar é o de mais pelo mesmo.

O posicionamento mais pelo mesmo diz que vamos entregar para o cliente mais valor pelo mesmo preço que ele pagaria em outro produto inferior.

Mas se todos os produtos são iguais, aonde estaria este maior valor para o cliente?

O maior valor para o cliente estaria na qualidade do serviço prestado pela agência. Estaria na consultoria, nas informações, nas dicas, na personalização de um roteiro padrão. A diferenciação está em fazer o cliente se sentir especial, se sentir único. Afinal de contas viajar é a realização de um sonho, então fazer o cliente se sentir especial, único passa a ser praticamente obrigação da agência, mas como as agências, em sua boa parte, opta por pasteurizar o processo de vendas de pacotes salta na frente às agências que investirem em qualificação, em treinamentos de destinos, de atendimento.

Você é dono de agência de viagens? Comece a receber os clientes com um sorriso no rosto. Proporcione para seus colaboradores motivos para sorrir. Invista em treinamento de todos, em qualificação. Estes são diferenciais que podem ajudar a vender mais. Alias, não só no turismo.

Boas vendas!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Guerra das cervejas – Comunicação com temas diferentes geram resultados diferentes?

Nos últimos dias me peguei em um insight sobre a guerra das cervejas e me pus a analisar a comunicação de diversas marcas:

Cervejas da Ambev (Skol, Antarctica e Brahma) – Toda a comunicação é feita com o mote dos momentos. A galera no bar tomando uma Antarctica, o trabalhador, que ganha seu dia trabalhando arduamente e que por isto merece o seu momento, tomando uma Brahma claro, ou ainda, a galera sempre reunida, dias de sol, piscina, praia, churrasco e a Skol.

Temos também a Femsa, com a sua Kaiser, a cerveja que tem o mesmo sabor das concorrentes, ou seja é uma cerveja gostosa. Por isto você deve dar uma chance para ela.

Temos também a Schincariol com a Nova Schin, um cervejão. A estratégia de comunicação é toda em celebrar a cerveja como uma boa cerveja.

As cervejas lideres do mercado, todas da Ambev utilizam a estratégia de foco no cliente, foco no momento. A cerveja é apenas um combustível para a celebração, um dos ingredientes, mas não o principal. O principal combustível é a interação, é o churrasco com a galera, é o happy hour, é a roda de samba, é o momento.

As estratégias da Kaiser e da Nova Schin são bem parecidas. O foco está no produto. A Kaiser faz testes cegos, e em cima destes proclama, a Kaiser tem sabor reconhecido e é posicionada entre as cervejas mais saborosas.

A Nova Schin não foca no sabor. Foca na marca. Nova Schin, um cervejão! O que exatamente quer dizer Um cervejão? A embalagem é maior? O sabor é melhor? As situações mostram sempre amigos ou amigas brindando e rimando com palavras terminadas em ÃO.

Aonde quero chegar com isto tudo? Simples.

As pessoas não querem saber se o sabor de A ou B é melhor, ou até querem, mas não é isto que importa. Quem bebe uma cerveja bebe para se socializar, para comemorar, para relaxar. Ou seja, bebe o momento e não a cerveja.

Ponto então para a Ambev que associa a sua marca a momentos e não no produto em si. E não por coincidência tem os maiores índices de vendas.

Fica a mensagem: Mude o foco de sua comunicação. Passe a vender soluções, vender momentos e não seu produto!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Marketing turístico, ou a arte de realizar sonhos

Conceitualmente uma viagem de turismo é o deslocamento de uma ou mais pessoas de sua cidade de origem até outra cidade para lazer, descanso e conhecimento de outras culturas, monumentos e outros.

Agora se você trabalha na cadeia produtiva do turismo deixe seu conhecimento técnico de lado por um minuto e deixe apenas o seu lado turista em foco. Se você não trabalha com turismo, mas gosta de viajar não precisa fazer nada, só seguir lendo.

Quem viaja a lazer viaja para satisfazer um desejo, um sonho. Sonho, aqui está a nossa palavra chave. É aqui está o caminho para promover um destino, um hotel ou um pacote: transforme-o no sonho do seu cliente.

Vejamos o que Kotler e Keller tem a nos falar sobre o que é marketing:

“Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.” (KOTLER e KELLER, 2006).

Ok, sabemos o que as pessoas necessitam: Descansar, viajar, conhecer, explorar...

O produto que vamos oferecer a elas não é uma viagem. Vamos oferecer a elas a realização deste sonho de descaso, de lazer, de uma lua de mel, etc.

Estamos todos na mesma página agora? A partir de agora um produto turístico deixou de ser uma simples viagem, virou sonho. E como vendemos sonhos?

Simples: fazendo o consumidor sonhar ainda mais. Várias podem ser as motivações de um consumidor para realizar uma viagem, e várias podem ser as lembranças que este vai trazer na bagagem. Mas antes de qualquer coisa já adianto, dificilmente algum consumidor sonha com o tamanho da cama ou se esta é Box ou com colchão normal. O sonho é mais sensorial e emocional. Sonha-se com cheiro de lavanda de uma fronha macia, sonha-se com a sensação de bem estar e acolhida que só um sorriso sincero pode nos proporcionar. Sonha-se com o gosto bom do café da manhã. O sonho nunca é com o tamanho e tipo da TV, se é de LCD, led ou tubo. Não que isto não seja importante, até é, mas não é diferencial.

Então, na parte prática, um folheto de hotel deveria ter mais sorrisos e menos quartos, tentando traduzir a sensação de acolhida. Fotos de quartos de hotéis podem ser manipuladas em photoshop para esconder uma pintura desgastada, um quarto pequeno, ou mau iluminado. O sorriso ilumina o sonho. Fotos do café ajudam a dar a dimensão para o olfato daquela experiência. Detalhes técnicos de passeio poderiam ser trocados por dicas de passeios agradáveis, de locais para se mergulhar na cultura do local e trazer muito mais do que fotos na bagagem, trazer também uma experiência inesquecível e contagiante, que fará o consumidor a disseminar esta experiência, indicando aos amigos e parentes esta incrível experiência.

Voilá, mais consumidores dispostos a sonhar com o seu produto.

Queria fazer esta introdução antes de darmos seguimento a outros artigos sobre o tema.

Até depois!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O descompasso do marketing esportivo no Brasil

Algumas noticias da ultima semana, e especialmente me chamaram a atenção.
A primeira, veiculada em diversos canais foi a da proposta do Corinthians de erguer seu estádio com recursos de alguma empresa disposta a “patrocinar” o estádio, pratica recorrente mundo afora e quase nula no Brasil chamada naming rights, ou em um arranjo: direito de nome. Ou seja, a empresa que estiver disposta a bancar a construção do estádio terá direito a colocar a sua marca como nome do estádio durante um período de tempo acertado pelas partes. Um caso de sucesso é o Emirates Stadium do Arsenal da Inglaterra. Um caso tupiniquim oposto é o da Kyocera Arena, para quem não conhece a Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense. Aqui no Brasil é comum o uso de naming rights em casas de shows e espetáculos, tais como o Claro Hall no RJ ou o Credicard Hall em São Paulo.
Porque o naming rights funciona no Brasil com as casas de show e não funcionam com os complexos esportivos? A principio pelo descompasso de interesses entre os diversos envolvidos. Basicamente, quando um grande time como o Corinthians vai jogar, atrai atenção da imprensa de diversas mídias, que não tem acordo com o patrocinador do complexo esportivo, e por isto mesmo não vai citar o nome da empresa sem receber por isto.
Ou seja, falta o alinhavo entre a empresa patrocinadora, o clube e a imprensa. Ouve um tempo que as grandes emissoras de TV quando transmitiam um jogo davam “um jeitinho” de não expor a logo dos patrocinadores dos clubes. Valia tudo, ângulo de câmera, efeito borrão, etc. Quando sentou-se na mesa clubes, patrocinadores e imprensa estipulou-se regras para a transmissão de partidas, como a proibição de desfocar ou outros “jeitinhos” para evitar as perdas dos patrocinadores, que investem muito para expor sua marca. E evoluímos para as salas de imprensa com fundos plotados, etc. O que falta para o naming rights pegar então? Mais uma rodada de negociações e acordos que satisfaçam todas as partes. E quem sabe partiremos para mais este passo na profissionalização do esporte bretão?
Outra noticia de descompasso que acompanhei saiu hoje. Inicialmente vi a noticia no Twitter do técnico Mano Menezes, e na sequência diversos canais eletrônicos já ditavam a noticia.
Mano Menezes é agora patrocinado pela Kaiser. Ok, mas a seleção não é patrocinada pela Brahma? Como funcionário da seleção o técnico não estaria “jogando” contra o patrimônio de uma das empresas que paga o seu salário? Não que este fato seja novidade, afinal de contas o ex-treinador da seleção Dunga era patrocinado pela Oi enquanto a seleção exibia o patrocínio da Vivo. Mas ainda sim, esta historia toda me causa muita estranheza, afinal de contas o cara é patrocinado por uma marca e quando vai dar entrevista coletiva aparece com um agasalho com a concorrente estampada. Se o contrato entre as partes não prevê nada a respeito disto, a ética pessoal ou profissional deveria valer para evitar esta situação de desgaste de 3 marcas: a da Brahma, da Kaiser e principalmente da marca Mano Menezes.
Concorda? Discorda? Opine aqui.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nova mídia social da Doritos

Inteligente, interativa, multiplataforma, altamente viral, a campanha do ano na minha opinião até agora. Li hoje pela manhã no Brainstorm #9 e tinha que publicar aqui.


Neste mundo louco atual onde as pessoas trocam os contatos pessoais pelos contatos online através de diversas redes sociais diferente a Pepsico lançou uma mídia social diferente, e nas palavras dos mesmos Definitiva.

Uma volta ao jeito “antigo” e que nunca deveria perder lugar: o contato olho no olho.

A nova mídia social de Doritos é um sofá...

Ou 3 diferentes, que você pode escolher, cadastrar e quem sabe ganhar.

Assista ao vídeo aqui e depois acessa o site especial da Doritos e conheça mais sobre esta nova mídia social.


A Pepsico, principalmente através dos produto Doritos e Rufles está se tornando a nova Coca Cola, sempre lançando produtos novos bacanas, campanhas inovadoras e interativas. A diferença e que a Pepsico tem surfado como poucas empresas na onda 2.0. Boa parte das divulgações de seus produtos está sendo feito via web, tendo a mídia TV dividindo as verbas e a atenção da turma da criação tanto da Pepsico quanto da agências que atendem a conta.


Fã Pages no Facebook, perfis de twitter, Orkut além da sua própria rede social onde se relacionam e estudam o perfil de seus consumidores, criando produtos de acordo com estes consumidores. Quem se lembra do Rufles do seu jeito? Aquele que lançou em edição especial as batatas para os meninos e para as meninas? Ou também da nova formatação e campanha da Rufles? Rufles para mim, para nos, para a gente ou para a Galera?

Boas lições a serem estudadas!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Você vende um produto ou uma solução?

Trabalho com vendas e convivo com vendedores dos mais diversos produtos e serviços há muitos anos, seja comprando, seja liderando, seja sendo liderado ou apenas como amizade mesmo. Ou seja, me permito dizer que conheço vários tipos de vendedores.


Infelizmente, a grande maioria dos que conheço são muito parecidos em algo que me incomoda profundamente.

Eles querem vender o PRODUTO... Ok, você chegou até aqui e antes de me chamar de doido, porque, olha lá Marcus, todo vendedor tem que vender o produto que está com ele em mãos, peço que leia até o final.

Sim, a função final do vendedor é vender o seu produto/serviço, mas o foco precisa ser mudado, passando do produto para o cliente.

Vamos antes de explicar exemplificar.

Você entra em uma agência de viagens, quer programar uma viagem de férias. Aí o atendente começa a te falar do hotel, da piscina do hotel, da TV do quarto do hotel, da cama do hotel...

Pergunto caro leitor: Quando você vai para um hotel você compra uma cama? Compra uma TV?

Ok, ok, convenhamos que aqui realmente há muito mais por trás do que simplesmente uma cama, ou TV ou piscina. Uma boa cama, uma TV no quarto, um bom café da manhã, um bom chuveiro é obrigação do hotel, e não algo que vai diferenciá-lo dos demais. O que vai diferenciar um hotel do outro é o atendimento, o acolhimento, o cheiro de lençol bem lavado, a sensação de um café da manhã espetacular, mas acima de tudo o atendimento.

Nada como ser bem recebido, receber boas dicas sentir-se entre amigos.

Voltando ao nosso agente de viagens, qual até hoje já recebeu um cliente falando das sensações, das emoções que ele vai encontrar nesta viagem? Afinal de contas, ninguém entra em uma agência querendo comprar um pacote de viagens. Viagem é sonho, é emoção por própria origem. Então, porque tratá-la como um simples produto? Não seria melhor embarcar no sonho de cada cliente e faze-lo visualizar as emoções vindouras?

Hum, vamos falar de um outro produto. Que tal a embreagem do seu carro que começou a dar problema?

Você entra em uma loja de auto peças para comprar um jogo de embreagens? Não, você entra para resolver o problema das marchas que não estão entrando direito, estão arranhando ou que fez o seu carro parar.

Então, de que adianta o vendedor querer vender este ou aquele disco de embreagem? O que vai fazer a diferença na hora da compra do cliente, partindo-se do principio de que os jogos de embreagem dos diferentes fabricantes são muito parecidos? Entender a necessidade do cliente, além do básico, ele precisa de uma embreagem nova, faz o cliente sair satisfeito e garante recompra para o vendedor daquela loja.

Não estou aqui querendo inventar nada. Há muito leio em diversos livros de marketing e de vendas que o foco não deve estar no produto, e sim na solução de uma necessidade. É só ler Kotler, Salas ou qualquer outro grande autor destas áreas para ver que isto já é discutido há muito tempo, só não é aplicado.

Então vendedores, fica a dica, tire o foco do produto e transfira-o para a solução das necessidades de seu cliente. Suas vendas com certeza aumentarão assim como aumentará o ticket médio das suas vendas.

Quer estender esta discussão? Criticar? Elogiar? Sugerir um tema? Envie seu comentário aqui ou envie email para mvnunes@gmail.com

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ah o descompasso entre a publicidade e o mundo real

Vocês viram o comercial da nova linha de credito da caixa para viajar, trocar os móveis ou fazer aquela reforma? Chama-se Crediário Caixa Fácil, e está sendo veiculado direto na TV.
Fui com a minha noiva até uma agência da caixa agora a pouco para pegar mais informações sobre o referido produto. Pois chegando lá, nenhum funcionário, repito, nenhum sabia informações sobre o produto.
Alguns inclusive desconheciam a existência deste produto.
Meu questionamento é o seguinte: Onde e porque acontece este descompasso?
Voltemos na teoria dos 4P's?
PRODUTO
PRAÇA
PREÇO
PROMOÇÃO
O PRODUTO está criado, chama-se Crediário Caixa Fácil, tem prazo de 24 meses para pagamento e taxas de juros baixas.
A PRAÇA é definida pelas agências que intermediam o crediário e pelas lojas que aceitam o financiamento.
O PREÇO é composto pelas ditas baixas taxas de juros.
E, finalmente, a PROMOÇÃO é todo o esforço para divulgar o produto. Bem, quando falamos em todo o esforço, este inclui muito mais além dos videos, chamadas na internet, hot sites, folhetos e outros materiais promocionais.
Inclui também, ou, principalmente um esforço de treinamento da força de vendas. E quem seria esta força de vendas? Seriam os consultores da caixa, os funcionários da instituição, os promotores de credito a serviço da caixa nas lojas de móveis e os vendedores desta última.
Explanado brevemente a teoria dos 4P's, onde estaria o erro? Faltou treinamento aos funcionários? Optou-se por não se fazer treinamento e a comunicação foi feito em forma de circular informativa? Esta circular foi lida pelos colaboradores? Ou foi direto para a lixeira (real ou virtual)?
Não importa para nos onde está o erro. O importante é aprender uma boa lição:
Certifique-se que antes de veicular um produto para o público final o seus funcionários estejam a par de todos os detalhes, pois eles são a sua linha de frente. São o primeiro contato com a sua empresa.
Então, revise seus processos e informe todos os detalhes aos seus funcionários. Sem tiros no pé desta vez, ok?

sábado, 28 de agosto de 2010

Marketing político e os sabões em pó! Qual limpa melhor?

Ontem a noite estava no meu carro e escutei um comentário da Dora Kramer, da Band News FM sobre uma pesquisa que apontou um “cansaço” do brasileiro com a propaganda partidária.
Como sempre com bons comentários a Dora concluiu comentando que a “formula”, vigente desde 1989 tem que mudar.

Pois é, esta é a campanha das mudanças. Como as pinturas e cartazes em muros e postes estão proibidos as ruas estão mais limpas, pois apenas a distribuição de santinhos e colocação de faixas e placas temporárias são permitidas.

Agora na TV e no rádio o que temos é uma “evolução” dos programas. Antes utilizados para apresentar programas de governo hoje são programas publicitários que apresentam os candidatos com “solução” para todos os problemas.

Bom, voltemos um pouco na teoria da publicidade (me perdoem, será de forma bem “rasa”).

Uma boa propaganda é aquela que apresenta um problema e a solução para este problema.

Mesmo que seja um problema que você nunca se deu conta, e que te faz pensar depois do termino do comercial: Poxa, como vivi sem isto até hoje?

A publicidade vende solução para os problemas, vende sonhos...

Então os políticos se dividem em dois:

Situação: São os que estão no poder. Estes mostram os problemas que já foram resolvidos, os que estão sendo resolvidos e colocam em cima um verniz de novidade em cima de sua imagem. Em uma visão de produto, seriam como o sabão em pó Omo, que já é líder de mercado, mas sabe que se não inventar de vez em quando um ingrediente X, colocar um amaciante junto com o sabão ou mudar a embalagem seus consumidores podem troca-lo pelo Ariel.

Oposição: Estes colocam o dedo na ferida. Mostram os problemas atuais, destacam suas qualidades como solucionadores de problemas e se mostram como “O Novo”, mesmo que este novo já não seja assim tão novo... São como o sabão em pó Ariel. É sempre a novidade das prateleiras do supermercado. Lava a roupa muito bem, mas está de fora do lar da maioria dos consumidores. Então investe em ponto de venda, em comercial de TV, faz teste de limpeza e procura conquistar os consumidores em outras frentes, afinal tem o apoio de celebridades que lavam roupas com Ariel.

Ok, a comparação termina aqui. Se nas gôndolas o Omo será ainda por um bom tempo o preferido das donas de casa, na política tudo pode mudar, afinal de contas, até de partido os elegíveis da vez podem mudar. Tudo para estar sempre por cima.

Então continuemos pelos próximos dias ainda assistindo políticos caminhando pelas ruas abraçando o povo, prometendo mundos e fundos, lendo na TV e no rádio falas escritas por publicitários experientes em marketing político que os “dirigem” para que pareçam o mais natural possível.

É Dora, realmente o formato está desgastado. Novas formas de interação são necessárias, talvez tanto quanto uma renovação no jeito de se fazer política. Acima de tudo deveríamos estar assistindo ao debate de idéias, propostas, que deveriam ser registradas em cartório, e com a pena de se não cumpridas garantisse ao candidato ator no mínimo a inegibilidade eterna.

Talvez com a imagem dos políticos renovada os “comerciais” eleitorais fossem mais digeríveis. Alias, um dos princípios da propaganda é nunca prometer o que você não pode entregar. Se você promete o que não cumpre o Conar retira seus comerciais do ar e o Procom pode te processar.

Pensem nisto!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Programas de fidelidade

Depois de mais um longo e tenebroso inverno estamos de volta.


Me aconteceu algo no mínimo curioso esta semana.

Como bom profissional de marketing gosto de viver as experiências que as empresas e suas marcas me proporcionam. Por isto, sempre respondo pesquisas, participo de campanhas e programas de incentivo, concursos, promoções e outros.

É sempre muito valido este exercício, pois te permite participar do processo com olhos de consumidor e com olhos de profissional.

Pois bem, um destes programas que participo é o da rede de farmácias Droga Raia.

Eles tem uma ferramenta bem interessante dentro de seu sistema. Toda vez que você vai comprar algo, antes de processar sua compra o atendente lhe pergunta se você é participante do programa. Em caso positivo lhe é solicitado o número de identificação no programa (número próprio, CPF ou Identidade). Após entrar com estes dados o sistema retorna com "ofertas especiais" para aquele cliente.

Como profissional de marketing, acho uma grande sacada, mas...

O sistema tem um grande furo. Pergunta:

Se eu tenho todos os seus dados (sexo, data de nascimento, etc, etc, etc) além de seus hábitos de compra (itens comprados, peridiocidade da compra, ticket médio, etc) eu tenho a capacidade de lhe oferecer ofertas especiais que farão você comprar certo? Afinal, este método visa estimular o consumo por impulso. Eu estou no PDV, recebo uma oferta bacana que me faz comprar, correto?

Na teoria tudo é muito bacana, porém no referido sistema da referida drogaria o sistema me retornou ofertas imperdíveis para um homem:

- Esmalte com 15% de desconto

- Absorvente com 10% de desconto

Tudo bem, alguém vai dizer que poderia ter comprado para alguma mulher da minha vida ou sei lá...

Mas, normalmente compramos por impulso algo de necessidade ou utilidade pessoal. Ninguém compra um pente por impulso se for careca...

A lição que devemos tirar aqui é que um sistema de sugestões, que tem por objetivo estimular compras por impulso deve ser muito bem amarrado, oferecendo o produto certo para o cliente certo na hora certa...

Concorda? Discorda? Algo a acrescentar? Use nossos comentários.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Boa estratégia ou erro grotesco?

Já viram por aí em algum site a chamada do site Saindo de Férias, do Grupo Hotelerio Mexicano Caesar?
A chamada do banner, veiculado no folha onliente, é um tal de Thiago que traça a formula: propaganda feita por mim = economia= desconto para você. O banner linka para uma página com um video feito através de montagens grotescas de fotos e diagramas riscados chega-se a conclusão que é melhor a empresa fazer um comercial "tosco" e dar o dinheiro que seria gasto em um comercial profissional em forma de descontos.
Na mesma página, um blog na verdade o internauta pode conhecer um pouco dos hotéis da rede.
Bom, antes de mais nada, vale ressaltar que o desconto sempre é em cima de uma tabela "balcão", um valor sempre alto (normalmente o dobro das tarifas médias vendidas pelo hotel), e desta forma o tal "desconto" é apenas figurativo. Pois bem, voltando ao desconto, ele é concedido quando você envia o link do video para 10 pessoas, incluindo na copia o email do Thiago. Antes de mais nada, o Thiago realmente trabalha no marketing do Caesar, portanto é um personagem real. O video já teve mais de 4000 acessos desde o começo de abril, quando foi postado no youtube.
A campanha se apoia no blog, no video no youtube, nas chamadas em forma de banner em portais na internet e principalmente na esperança de que as pessoas enviarão para 10 amigos, criando um banco de dados para a empresa e viralizando o video. Vai dar certo? Esperemos para ver, mas acho que é um tiro no pé.
Primeiro porque o video é realmente muito mau feito, sei que era esta a intenção, mas é grosseiro de saltar aos olhos. Segundo justamente por ser assim grosseiro dificilmente as pessoas passariam para a frente. Até porque a promoção em si não é assim tão sugestiva e chamativa... É como números não mentem, em mais de 15 dias o video não decolou. Aposto que algumas poucas pessoas assistiram o video depois de clicar no banner mas não passaram para a frente.
E você? O que acha? Tiro no pé ou uma boa estratégia?
Façam suas apostas...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Começou a copa do mundo de 2014 no Brasil

Pois é. Ainda nem começou oficialmente a copa da África do Sul, mas para o departamento de marketing das empresas brasileiras a nossa copa já começou.


Na exame desta quinzena temos uma reportagem sobre como as empresas daqui já estão trocando experiências com as de lá para não repetir erros e repetir os acertos. Link aqui.

Faltando pouco mais de 60 dias para a copa da África outras empresas pegam carona aqui neste evento.

Já começam a ser distribuídos brindes temáticos da copa por diversas empresas, de diversos portes.

A invasão verde-amarela está começando. Quem vai ganhar este jogo?

Quem pegar carona no mote da copa que tanto emociona os Brasileiros com certeza irá ganhar.

Se a sua empresa ainda não preparou nada, ainda dá tempo. Mas lembre-se, planeje bem e foque bem o seu target. Do contrario o tiro pode sair pela culatra, ou no melhor jargão futebolístico, cuidado para não jogar contra o patrimônio e fazer um gol contra.

Críticas, sugestões ou discordâncias comentem aqui.

terça-feira, 30 de março de 2010

Paris Hilton Devassa - O Efeito da Proibição

O Conar, Conselho de Auto regulamentação da propaganda no Brasil devidiu hoje manter por unanimidade o veto ao comercial da cerveja Devassa, da paulista Schincariol.
Assista o comercial abaixo ou clicando aqui.
O curioso da historia toda e que apesar de mostrar uma mulher em um vestido curto ela pouco da destaque as curvas da personagem, mostrando mais o efeito que a mesma provoca em uma avenida a beira-mar.
Achou o roteiro parecido? Mulher, pouco vestida, cerveja, um monte de gente em volta...
Antarctica, Kaiser e outras fazem e continuam fazendo o mesmo para promover suas marcas. O que este caso tem de diferente então? Talvez o fato de que seja uma cerveja em fase de crescimento de vendas e que contratou um icone internacional. Mas o mais interessante disto e que no mundo livre da internet o comercial em vários links não para de crescer em audiência. O link postado acima por exemplo já passa de 1 milhão de acessos. E o barulho feito pela proibição catapulta cada vez mais estes indices para cima. Pode até não passar na TV, mas o buzz gerado é cada vez maior.

Imagem é tudo? Na política parece que sim.

Imagem é tudo?


É hoje o grande dia! O dia que os pré-candidatos-canditados saem de seus cargos públicos e se embrenham na campanha politica aberta. Assim, não que eles já não estejam em campanha, porque temos candidatos em campanha há pelo menos dois anos. Lei eleitoral para coibir existe para ser contornada, mas como este blog é para falar sobre marketing e não sobre as nuances da lei eleitoral brasileira vamos ao marketing.

Agora começa o embate de imagens. De um lado temos candidatos sem cargo público a algum tempo e que por isto se apoiam na imagem de: “Olha, sou o candidato tal e sou legal. As coisas precisam mudar e só eu posso mudar tudo o que precisa ser mudado.”

Do outro lado temos os candidatos que estão saindo agora de seus cargos e dizem: “Vocês sabe que eu sou legal. Tenho feito muitas coisas legais para vocês. Continuem comigo. Votem em mim”. O mais interessante da historia é que as propostas sempre ficam em segundo plano, nunca são debatidas. São até utilizadas, sempre coladas na imagem do candidato, como fossem parte integrante do carater e das qualidades daquele politico. Um vai ajudar os pobres porque ele mesmo vem da pobreza e sabe o que é ficar sem comer. O outro vai se concentrar em fazer o país crescer porque ele dirigiu grandes empresas e é um grande administrador.

Qual a mensagem tem mais chance de ser comprada pelos eleitores? A mensagem da mudança, a de olha tudo o que eu já fiz, ou quem sabe a de sou igual a vocês, ou talvez a de eu sei como fazer?

Todas elas tem chances no pleito. O que define no final não é a qualidade deste ou daquele, e sim as estrategias de imagem utilizadas na campanha. O que ganha eleição hoje no Brasil é como a imagem e trabalhada. Todos sempre são boas pessoas, humildes, preocupadas com o povo, mas sem deixar de lado a crescimento economico e a classe média e alta. Incongruente? Nem tanto. Nosso atual presidente só ganhou a primeira eleição quando deixou de lado os ataques aos bancos, a economia e aos adversários. Ao incorporar o “Lulinha paz e amor” ele deixou de atacar os adversário, continuou a falar para o povo, na linguagem do povo, mas ao mesmo tempo sofreu uma repaginada. Ganhou terno e gravata, novo corte de cabelo e de barba, e até mesmo, algumas intervenções plásticas. Se apoiou na imagem de homem do povo que sempre teve, porém se refinou um pouco. Começou a se dirigir à classe média e alta dando garantias de que nenhum absurdo seria feito para tirar o país da rota de crescimento. Venceu a eleição em cima de um candidato que tinha a imagem forte, mas que apostou errado suas fichas de campanha. Apostou no confronto, no desmerecimento do adversário em favor de suas idéias. Foi a vitoria de um candidato “sem cargo” em cima do candidato “com cargo”. Venceu a melhor estratégia mercadológica.

Este ano teremos uma situação impar. Dois dos mais fortes candidatos são “com cargo”. Historias diferentes, mas com pontos em comum.

As estrategias já estão traçadas e em pleno vapor. Qual delas prevalecerá este ano?

Façam suas apostas!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ação X Imagem

No último sábado vi aqui em Belo Horizonte ações mercadológicas interessantes e antagônicas ao mesmo tempo.


De um lado um evento que literalmente parou a Pampulha, o dia da Família Nestlé. Teve parada da Disney, caminhada e passeio ciclístico, tendas de massagem, brincadeiras para as crianças, música ao vivo e uma miríade de atrações. Muita verba bem gasta, muita interação entre a marca e seus consumidores e um reforço na imagem de "olha, somos uma família de produtos feitos para sua família.

Uma festa realmente bonita, com superexposição da marca. Pois bem, depois de minha atividade física peguei meu carro e estava voltando para casa quando me deparei com a seguinte cena: em frente a uma concessionária automotiva um palhaço desanimado em faces, poses e gestos segurava uma placa indicando a loja.

Tiro no pé. Esta foi a sensação que me deu vendo aquela cena. Um palhaço, que normalmente é um personagem alegre, brincalhão e cheio de energia em nada se encontrava representado naquela figura triste. Com certeza foi uma ação barata, mas será que surtiu o efeito desejado?

Chamar a atenção, com certeza chamou, mas do jeito negativo.

Ficam então as perguntas: Nossas ações estão surtindo o efeito que buscamos? Qual a imagem que o nosso consumidor tem da nossa empresa. Condiz com a idéia de família da Nestlé? Ou é contraria a imagem do nosso palhaço da concessionária?

Reflitam e comentem.

Até a próxima!!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Nova mídia a vista?

Que tal usar os codigos de barra de seus produtos como mídia alternativa?
O que me diz disto daqui então?




Pois é, contribuição de uma empresa japonesa de design. Já imaginou outras aplicações além de meramente artisticas? Que tal um codigo de barros no formato da sua logomarca?
O site da empresa para quem se interessou aqui.
Creditos da nota para o Trend House da Pepsi, aqui.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Você conhece o Mickey?

Você conhece o Mickey?



O Mickey, sim o Mickey Mouse, personagem de Walt Disney, o par de orelhas mais fomosas do mundo.


Dificilmente alguém não conhece este que pode ser considerado o personagem mais famoso do mundo dos desenhos animados.


Mickey foi o ponto de partida para um império gigantesco que hoje inclui redes de televisão, parques, estúdios, e mais uma centena de outros negócios.


E uma corporação tão grande tem lá os seus segredos. Um deles é fazer marketing do jeito Disney.


Voltemos um pouco na teoria. Uma dos P’s do marketing é o referente a produto, e neste P tratamos de assuntos referentes ao produto, inclusive a criação de produtos baseados nas necessidades dos clientes.


Voltando a Disney. Os parques da Disney foram criados para que as crianças inexperientes pudessem brincar lado a lado com as crianças “experientes”, os adultos.


E neste quesito eles foram muito felizes, pois construíram um parque onde a realidade não entra. Criaram verdadeiramente um mundo novo, completamente diferente do mundo real, pois o mundo Disney pertence a categorias relacionadas com fantasia ou sonho.


Quando alguém compra um pacote para Disney não está comprando ingressos para um parque. Esta comprando ingressos para a fantasia. Trabalha-se na Disney com o intangível dos sonhos, da fuga da realidade.


Outro ponto a se destacar na estratégia de marketing do grupo é a sinergia entre o grupo.


Um dos maiores sucessos da Disney se chama Piratas do Caribe. Esta franquia começou com um brinquedo dentro do parque. Um dos mais famosos e visitados. A partir dele criou-se um enredo de um filme, que virou sucesso absoluto de bilheteria em todo o mundo, que girou um grande número de licenciamento de produtos em cada canto do mundo. Uma verdadeira fábrica de sucesso é dinheiro.


Analisar o marketing utilizado pela Disney requer muito mais do que um post neste blog. Requer um livro inteiro. Alias, livros diversos já foram escritos sobre isto.


Aqui a partir de hoje postaremos pequenas notas sobre algumas ações empreendidas pela Walt Disney Company.


Boa semana!


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Super Bowl 2010 - Sonhos de consumo publicitário.

No último domingo, dia 07 de fevereiro foi disputado nos EUA a final do campeonato nacional de Futebol Americano, o famoso evento Super Bowl.
Este evento é visto por centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo, e por isto mesmo a concessão da TV para transmitir o evento é caríssima, fator que além de inflacionar os contratos de exposição, cada spot de 30 segundos custa por volta de US$ 30 milhões faz com que as TV's façam rodizio a cada ano, dado ao valor da concessão.
Para o publicitário americano, ter um comercial veiculado durante o super bowl é o acontecimento de uma vida, ou melhor o reconhecimento de uma carreira.
É dado tanta importância a este tema que todos os anos é feita uma eleição "informal" para agraciar o melhor comercial do super bowl.
O deste ano foi um comercial do Google. Assista aqui.
Um belo exemplo de marketing esportivo, e uma demonstração de força do segmento. Será que um dia veremos algo similar na final do campeonato brasileiro de futebol?
Viva o Super Bowl.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Futebol, religião, politica se discutem? E como fazer ações de marketing então?

Hoje a tarde estava no centro de Belo Horizonte quando passei em frente a um Bar personalizado do Atlético Mineiro - Galo.
Me veio na hora um pensamento. Mineiro é defensor de suas idéias e ídeais como poucos. Assim sendo, será que um torcedor do Cruzeiro tomará cerveja, ou mesmo entrará neste bar?
A rivalidade entre os dois times é grande aqui em Belo Horizonte, e a tematização deste bar partiu de um acordo de parceria que a Brahma firmou com o Atletino em agosto de 2009. Veja aqui.
Este mesmo acordo foi fechado também com o Cruzeiro para evitar desagradar a outra parte dos torcedores mineiros. Do jeito que são uns deixariam de beber determinada cerveja porque o outro time é apoiado por esta... Alias, em termos de patrocinios normalmente estes são acertados com os dois clubes. Sempre os mesmos patrocinios para os dois clubes, talvez por medo de desagradar.
Não tenho foto para postar, pois meu celular estava descarregado. Mas assim que passar por lá novamente farei as fotos...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Marketing esportivo promovendo o exodo europeu.

Demorou muitos anos para que o movimento de grandes craques invertesse seu fluxo.
Quem diria anos atrás que grandes jogadores do nível de Ronaldo, Robinho, Adriano Imperador e outros saíriam de grandes clubes europeus e viriam reforçar os nossos clubes locais?
Grandes jogadores latinos também tem feito este caminho de volta, voltando a jogar nos clubes de seus países de origem ou nos vizinhos.
O que aconteceu? Jogadores que tanto valorizavam o dinheiro agora estão jogando por amor ao clube?
Talvez isto pese um pouco, mas o que mais pesa é que os clubes brasileiros estão aprendendo a usar o marketing para gerar receitas e com isto manter estes jogadores em seus elencos.
Ronaldo no Corinthians bateu recordes de vendas de camisas em apenas 1 dia de venda. Fora isto é garoto propaganda de várias marcas que apoiam o clube do Parque São Jorge. Estes jogadores são "imagens" que qualquer empresa gostaria de estar associada. Fora isto são "outdoors" que gingam seus corpos atrás da bola em cadeia nacional.
O último jogador a voltar para as terras tupiniquins foi Robinho. Voltou para o Santos para jogar até agosto e foi recebido como um rei pelo rei do futebol. Pelé foi recepciona-lo em sua apresentação de pompa, com direito até a chegada de helicoptero.
E com isto ganham todos. A torcida que tem um prazer maior de ir ao campo ver seus ídolos em ação, os clubes que aumentam sua receita, os jogadores que estão "em casa" e o brasileiro em geral que gosta de futebol e tem visto jogos mais disputados pelos times mais competitivos.
Ainda veremos o campeonato brasileiro sendo assistido pelos europeus...
E aí sim a inversão estará completa.
Viva o marketing ajudando a elevar a paixão maior do Brasileiro.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quer ganhar uma fantasia de homem lata da Skol?

Eu já havia comentado aqui sobre os comerciais da Skol para o carnaval.
Confirmando o que eu desconfiava, eles realmente estão atrás de uma ação de Street marketing.
Estão até sorteando fantasias de homem lata. Interessou e quer uma? Acesse aqui. Link direto para o hot site da promoção.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Marketing turístico - São Paulo é tudo de bom

Como trabalho com turismo há aproximadamente 10 anos, e tenho como paixão o marketing, resolvi escrever um pouco sobre um assunto que tem poucas referencias e estudos, o marketing turístico.

Gosto sempre de lembrar que as bases do marketing servem para qualquer tipo de negócio, apenas sendo adaptado em algumas particularidades de cada segmento. Por isto, queria postar aqui exemplos de como o marketing pode ser bem ou mal utilizado, mostrando os caminhos para que um hotel, um destino, uma Cia aérea ou outro partner desta cadeia, pode utilizar as ferramentas do marketing com sucesso.

Antes de qualquer coisa sempre insisto que é preciso planejamento.

Acompanho há muitos anos os esforços de capitais brasileiras não praianas tais como São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, para se destacarem como cidades com apelos turísticos, e assim atrair não apenas executivos em viagens de negócios, mas viajantes que procuram por um pouco de lazer.

O que estas cidades têm em comum além do fato de não terem praia? No quesito marketing turístico elas têm a necessidade de “criar produtos” que sejam atrativos aos turistas.

O exemplo de hoje vem de São Paulo. “Capital” brasileira, cidade que nunca dorme, etc.

São Paulo concentra boa parte das sedes das principais empresas brasileiras, e por isto é uma cidade muito grande com uma infra-estrutura para atender o visitante de porte, composta por hotéis, receptivos e bons restaurantes.

Durante a semana os hotéis sempre estão movimentados, porém no final de semana estes mesmos hotéis ficam muito vazios.

Para lutar contra isto e trazer turistas de lazer para a cidade o São Paulo Convention & Visitors Bureau faz um bom trabalho promovendo São Paulo como uma cidade de muitos atrativos.

Atualmente com o mote “São Paulo é tudo de bom”, a entidade criou junto aos parceiros roteiros dos mais diversos, tais como de compras, cultural, esportivo, histórico e outros. Promovendo eventos e promoções, participando de feiras internacionais e vendendo muito sua imagem o trabalho começa a dar retorno.

Noticia de da Folha de São Paulo do dia 22 de janeiro de 2010, mostra que a capital teve um crescimento de 37,8% no número de turistas na cidade entre os anos de 2004 e 2009. Veja reportagem aqui,

Além disto a cidade é destaque em vários guias de viagem internacionais, que renderam até mesmo guias específicos para a cidade.

Planejamento e muito trabalho serio leva a isto.

Parabéns São Paulo pelo seu aniversário que se aproxima e pela conquista destes índices.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Morangos em forma de coração...




Se você é proprietario de um restaurante, que tal oferecer morangos em forma de coração em uma sobremesa a ser oferecida para aquele casal que foi comemorar uma data especial em seu restaurante?
Gostou da ideia, mas é complicado cortar um morango assim?
Não precisa cortar. Só comprar pronto. Um australiano desenvolveu a técnica.
Direto da BBC Brasil, postado no site da Folha Online.
Cada uma que aparece.


Skol no carnaval 2009 - Simples comercial ou street marketing a vista?


Voltando as atividades.


Para quem diz que tudo só volta a funcionar no Brasil depois do carnaval mostramos que está errado. O buteco do marketing voltou antes do carnaval. Alias, voltamos para falar de carnaval.

A Skol está com um comercial para enfatizar a cerveja no carnaval.

Um video muito bem sacado mostra 6 amigos vestidos de lata de skol em diversas situações.

Assista ao video aqui.

Depois de ver o video fica a pergunta, será que veremos muitos foliões anonimos vestidos de lata de skol nas ruas carnavalescas do Brasil? O mote já foi dado. No video já tem até a cantada pronta. Será que esta foi a estrategia pensada por tras deste comercial? Incentivar os foliões a promover esta cerveja de forma involuntaria? Seria uma ação de street marketing muito bem pensada, não tenho duvidas.

Se eu me deparar com alguem vestido assim no carnaval posto aqui depois. Mas volto antes do carnaval, falando um pouco sobre marketing turistico. E também para seguir com a serie “Marketing Funciona?”.

Vou ali tomar uma redonda e pensar na minha fantasia do carnaval (não, não será uma fantasia de lata de Skol), valeu!