sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um olhar sobre o passado das grande mídias e o futuro

São Paulo mudou. Quem conheceu a Paulicéia Desvairada há alguns anos sabe que em termos de mídia exterior nenhuma cidade no Brasil chegava perto de São Paulo. Letreiros gigantes, outdoors por todos os lados, busmídia, taxímidia, etc., etc. e etc.. Com o projeto cidade limpa, do prefeito Gilberto Kassab, toda mídia exterior foi proibida, e os letreiros nas fachadas dos prédios e empresas agora tem um tamanho padrão, bem reduzido. Confesso que é um pouco estranho andar por São Paulo. Parece um casamento entre passado, aquela cidade do começo do século passado, sem grandes anúncios gritando a todo o momento por atenção, com o futuro, de uma grande cidade cosmopolita com seus arranha céus, modernos ônibus e transito confuso. Agora o que está a prova é a competência principal que todo marketeiro/publicitário que se preze te quem ter, a criatividade. Portanto, um salva para esta brava gente que agora quebra a cabeça para criar mais do que anúncios ou novas campanhas. A briga agora é para criar novas mídias, ou quem sabe utilizar de outra forma, adaptando ou até revendo mídias pouco usadas.
Um exemplo de mudança acontece dentro dos metrôs e de suas estações. Se há algum tempo atrás apenas algumas empresas, no geral pequenas empresas, anunciavam para este público, a soma de falta de espaços para anunciar produtos com um grande aumento do transito e uma pitada de crise econômica, que tem feito muitos engravatados da Avenida Paulista irem para casa de metrô, meio mais econômico e rápido de se deslocar. Dentro das estações e dos trens novos displays foram colocados, além de TVs de plasma/LCD que transmitem notícias, informações úteis, e claro, alguns anúncios, com alguns “estreantes” nesta nova mídia: as grandes empresas. Vemos aqui uma “transferência” de mídias.
O ponto principal passa ao largo desta transferência de mídia. O que estamos assistindo não é exclusividade nem exceção, é tendência. Estamos assistindo agora uma revolução silenciosa, onde de um lado estão os anunciantes e a mídia e do outro está a população, que no geral aprovou esta “limpeza visual” feita na cidade de São Paulo. O caminho então é transferir mídia para outros lugares? Lugares fechados onde o poder publico não tem poder? Até acredito que algumas mídias como as TVs dentro de metrôs e elevadores vieram para ficar. Minha duvida é pela vida dos cartazetes em displays, tais como os das estações e trens do metrô.
Se alguma bolsa estivesse aberta a apostas, minha aposta seria na transferência de esforços das mídias tradicionais para as mídias que interagem com os consumidores, tais como celulares, street marketing e tantos outros que fogem do tradicional.
A explicação é simples, estas mídias nasceram com o propósito de fugirem do lugar comum das mídias tradicionais, nasceram com o propósito da interação, de serem diferentes, de conquistarem a confiança do consumidor por falarem com cada um de maneira exclusiva. Bem vindos ao futuro da comunicação.

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Marcus Nunes